sábado, janeiro 31, 2004*
Mais alguns que eu deixei de comentar e, já que acumularam, não vou me estender.
O Informante: Sem dúvida nenhuma, o melhor trabalho de Russell Crowe. O filme, baseado em fatos reais, conta a história de um ex-cientista de uma empresa de tabaco que resolve dar uma entrevista reveladora a um jornalista interpretado por Al Pacino. Apesar de um final corrido, o roteiro é bom e a direção melhor ainda.
Cidade de Deus: Não preciso que ninguém me julgue por eu só ter visto esse filme recentemente. Deixem isso comigo. Enfim, depois de todo esse bafafá, acho que não sou mais parcial para fazer nenhum comentário. E, apesar de pecar um pouco em parte das atuações, o resto é brilhante.
21 Gramas: Acho que temos a situação inversa aqui. Esse filme se faz maravilhoso pelas atuações perfeitas de Naomi Watts, Sean Penn e Benicio Del Toro. De resto, acho que a narrativa não-linear e a trama pesada faz do filme uma experiência interessante. Novamente, quero destacar a atuação da Naomi Watts que, na minha opinião, é a melhor da temporada.
Mestre dos Mares: Talvez fosse mais um filme de guerra banal se não tivesse caído nas mãos de Peter Weir. Esse cara é realmente bom. Digamos que é um filme tecnicamente perfeito, no melhor sentido da palabvra, mas não chega a empolgar mais do que isso. Digam o que quiserem, Russell Crowe é um bom ator e não se fala mais nisso. E Paul Bettany também é um grande ator.
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terça-feira, janeiro 27, 2004*
Aê! Passei na PUC em Relações Internacionais :) Tudo bem que pelas notas já dava pra ter uma boa certeza, mas uma confirmação oficial é sempre bem recebida. Enfim, tenho que fazer a matrícula no dia 3 de fevereiro e nem sei onde. Amanhã preciso dar uma lida no edital pra ver quais são os documentos e os pagamentos que precisam ser feitos.
Enfim, não consegui a famigerada bolsa por algo em torno de HUM ponto, mas paciência. Algo pode ser feito. O pior é ter que decidir se eu vou ou não cursar essa faculdade no segundo semestre. Prefiro adiar essa decisão até lá pra não me preocupar com isso. Enquanto isso, que venha a UFRJ no dia 9.
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The Apprentice
O mais novo reality show da NBC é um dos mais interessantes dos últimos tempos. Em vez de colocar participantes desesperados realizando provas ridículas e discutindo entre si, os produtores decidiram colocar homens e mulheres de negócios realizando provas ridículas e discutindo entre si. Mas, dessa vez, com um pouquinho - só um pouquinho - de classe.
A premissa de The Apprentice é a seguinte: oito homens e oito mulheres têm que, por 15 semanas, realizar algumas tarefas ligadas ao mundo dos negócios. A cada semana um participante é eliminado e o vencedor ganhar um emprego de presidente em uma das empresas da corporação Trump - do magnata nova-iorquino Donald Trump -, com um salário de 250 mil dólares por um ano.
Realmente, apesar de não ser fã desse tipo de programa - o único que acompanhei fielmente foi a primeira edição de The Amazing Race -, tenho que reconhecer que se trata de uma idéia original, pelo menos na minha opinião.
Na primeira semana, Donald Trump pediu que os participantes o encontrassem na Bolsa de Valores de Nova York, e anunciou que a primeira prova seria vender limonada em qualquer ponto da cidade. Os empresários - alguns com MBA e outros com experiência adquirida na pizzaria da família -, que esperavam uma tarefa ligada ao mercado financeiro, não se sentiram menosprezados e correram para lucrar o máximo possível até o final do dia.
Ao final do dia, as mulheres venceram os homens - há quem diga que o sex appeal foi um dos fatores, mas nao quero despertar a ira de ninguém -, que tiveram um participante eliminado. Na verdade, Trump usa um marcante "You're fired!" para eliminar o participante e, obviamente, construir um bordão digno desse tipo de programa. Podem esperar: daqui a alguns meses, patrões usarão o mesmo tom de voz para dispensar seus empregados.
Tecnicamente, o programa é cheio de clichês. Não poderia ser diferente, uma vez que é produzida por Mark Burnett, algo como o Senhor dos Reality Shows americanos, que inseriu a febre Survivor no mundo. A trilha sonora é igual a todos os outros programas e a edição é a mesma de sempre.
Talvez por isso o sucesso seja tão grande quanto seus antecessores. O fato é que The Apprentice foi brilhantemente planejado como um programa curto, com apenas 15 episódios e, se os produtores forem mais inteligentes ainda, não emendarão uma segunda versão, a fim de não desgastar a idéia.
E pela repercussão que o programa teve por todo o mundo, é bem provável que alguma emissora a cabo brasileira, como AXN, Sony ou Multishow, exiba o programa em breve. Aliás, em entrevista à Folha de São Paulo, Donald Trump afirmou que já pensa em vender a idéia do programa para que sejam criadas versões em outros países. De acordo com ele, Globo e SBT já manifestaram interesse.
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sábado, janeiro 24, 2004*
Encontros e Desencontros (Lost In Translation)
Maravilhoso... Acho que esse é o filme mais bonito que eu já vi na minha vida. Perfeito.
Sofia Coppola consegue fazer um filme sem uma trama sólida, mas com um roteiro ótimo e uma direção extraordinária. Cada cena cada tomada... Perfeito.
Bill Murray e Scarlett Johansson estão impecáveis. Os dois conseguem carregar o filme nas costas, explodindo em sentimentos sem emitir um só som. Já nas primeiras cenas, Murray se mostra perfeitamente encaixado no personagem, exibindo uma expressão de desânimo e tédio. E Johansson já aparece belíssima nas cenas em que aparece olhando Tóquio pela janela. Na minha opinião, ele teria um Oscar certo e ela tem tudo para chegar lá. Perfeito.
Juro que não sei mais o que dizer. Só posso apreciar e me lembrar das cenas que eu adoro. Esse é um filme que eu quero rever inúmeras vezes, para o resto da minha vida. Perfeito.
Sometimes you have to go half way accross the world... To come full circle...
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Sorriso de Mona Lisa (Mona Lisa Smile)
É praticamente o que eu esperava. E eu esperava bem pouco. Trata-se de um "filme feminino" que talvez nem esse público goste. É tudo muito típico e convencional. Personagens criadas em um molde, que pouco se expandem ao longo do filme.
O roteiro é mais esburacado do que uma peneira. Aliás, é uma rede de pescar baleia. Os roteiristas fazem um filme quase episódico, mas com histórias que acabam subitamente e sem muitas explicações. Tenta-se tratar as cinco personagens principais igualmente, dando histórias igualmente grandes para todas. Mas a personagem de Julia Stiles, por exemplo, é tratada com tal discrição e sua história é fechada tão rapidamente no filme que ela é quase esquecida.
Enfim, a direção é normal e o elenco tem grandes nomes, mas que pouco podem fazer. As melhores são Maggie Gyllenhaal - que é a que mais se destaca - e Ginnifer Goodwin.
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Simplesmente Amor (Love Actually)
Argh... Não vou dizer que esperava muito, mas eu esperava, ao menos, um bom filme. Não tenho nada contra humor inglês, mas esse não tem nenhuma graça. Hugh Grant praticamente se prostituiu, fazendo uma mistura de todos os personagens que ele já fez no cinema. E Bill Nighy, elogiado por muitos, é um personagem exagerado e espalhafatoso demais. Colin Firth é o melhor ator em cena e Laura Linney também está muito bem, mas no filme errado.
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sexta-feira, janeiro 23, 2004*
Dogville
É o seguinte: Dogville é simplesmente genial. Literalmente! Trabalho de um gênio do cinema chamado Lars von Trier. Eu nem me sinto qualificado a fazer comentários sobre os 177 minutos mais interessantes que eu já assisti na História do cinema.
Von Trier garante que cenários são elementos supérfluos em um filme. Em Dogville ele não usa tais artifícios. Existem apenas no chão preto algumas marcas em branco, delimitando as casas e indicando os nomes das ruas e dos locais. Não fez a menor falta. Estou até começando a concordar com o diretor.
Estou sem palavras. Esse filme é uma experiência única pela qual todos deveriam passar. Mas não esperem um filme convencional, pelo seu bem.
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Os mecanismos de auto-defesa da nossa mente são sensacionais. Mais engenhosos que qualquer sistema imunológico. Simples pensamentos podem impedir a dor psicológica com eficácia total.
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quinta-feira, janeiro 22, 2004*
Why do you hide in the shadows? You know I can always see you...
Já faz tanto tempo desde a minha última prova de vestibular e a apreensão e excitação com os resultados foi tao marcante que eu saí completamente do clima das provas. Ainda temos a primeira da segunda fase da Uerj no próximo domingo e eu não mudei nada em minha rotina de férias para me preparar.
Por outro lado, eu me sinto 100% preparado. Estudei tanto. Por toda a minha vida, por todo o último ano, por todo o mês de dezembro e por todas as semanas antes das provas da UFRJ e da PUC. Já devo ter aprendido o suficiente. Prefiro disputar as 11 vagas com o que eu tenho na cabeça, sem nenhuma preparação artificial. Que venham as provas de Literatura e História, além da Redação.
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Infelizmente, é só isso. Não tenho mais nada a declarar, nenhum assunto a comentar.
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Escrevi uma materiazinha para o Plano Geral, site de cinema e TV do Pedro e do André, leitores assíduos desse blog - espero eu. O texto é sobre a melhor comédia da temporada, Arrested Development. Leiam e depois vistem o site, ok?
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Arrested Development
Fox estréia a comédia sensação da temporada, séria candidata ao Globo de Ouro... e a um cancelamento prematuro
por Bruno Boghossian
 “Essa é a história de uma família rica que perdeu tudo, e de um filho que foi são o suficiente para ajudá-los a passar por isso. Isto é Arrested Development”.
Imaginar uma comédia sobre uma família rica que tem que se habituar a uma vida sem luxos parece uma idéia muito divertida. Mas essa não é nem a metade da graça dessa série.
Michael Bluth (Jason Bateman) é um viúvo que só se importa em ser um bom pai para seu filho – segurem o riso –, George-Michael (Michael Cera). Quando seu pai, George Sr. (Jeffrey Tambor) vai indicar seu sucessor na presidência da empresa da família, Michael acha que esta será sua grande chance, mas ele acaba dando o cargo a Lucille (Jessica Walter), a mãe de Michael. No mesmo dia, George Sr. é preso por fraude fiscal e os bens da família são congelados. Enquanto isso, os irmãos de Michael, GOB (Will Arnett) – um mágico frustrado – e Buster (Tony Hale) – que parece ter a idade mental de uma criança de oito anos –, juntamente com sua irmã (Portia DeRossi) – que se recusa a arrumar um emprego –, o marido Tobias (David Cross) – um psicólogo que decidiu virar ator – e a filha Mae (Alia Shawkat) também tentam mudar suas vidas para se encaixar em sua nova situação financeira.
Falando nisso, o elenco da série é um dos melhores da TV, atualmente. Jason Bateman parece naturalmente incorporado por Michael Bluth. E também, Portia DeRossi, Will Arnet e Jeffrey Tambor estão brilhantes em seus papéis.
Além do mais, cada personagem foi construído perfeitamente, com características sutis e hilárias. Esta variedade de personagens faz de Arrested Development uma série com infinitas possibilidades de comédia. Se "Seinfeld" era sobre o nada, aqui nós temos uma comédia sobre absolutamente qualquer coisa imaginável. Toda essa liberdade garantida aos roteiristas proporciona momentos hilários de qualquer gênero.
Para se ter uma idéia, por volta do quarto episódio, Michael encontra a solução para os transportes da família. Eles passarão a usar o enorme carro com uma escada em cima, que servia para que os passageiros embarcassem no jatinho da empresa. E, pior: ele usa esse carro para levar uma atriz a uma cerimônia de premiação.
Mesmo antes de sua estréia, Arrested Development já era considerada a melhor nova comédia da temporada. É fato que a crítica ama comédias sem claque. Aquelas risadinhas irritantes nunca agradaram a imprensa. E nós agradecemos aos céus por elas não estarem presentes aqui! Outra “novidade” apresentada na série é uma narração em terceira pessoa. A voz é de Ron Howard, criador, e produtor executivo, famoso pela direção de filmes como "Uma Mente Brilhante" e "Apollo 13".
Com uma estréia de audiência mediana, seguido de episódios nada melhores, pensava-se que Arrested Development teria o mesmo destino que outros irmãozinhos da FOX, como "Undeclared" (Curso: Incerto) e "Andy Richter Controls The Universe" (inédito no Brasil). As duas séries receberam enormes elogios da imprensa e – no caso da segunda – da crítica, mas não conseguiram alcançar índices satisfatórios.
Porém, incrivelmente – e, provavelmente por intervenção divina –, a emissora garantiu a temporada completa da série antes mesmo da exibição do 5º episódio. Foi um voto de confiança da FOX para Ron Howard e parece que esse foi o sinal para que Arrested deslanchasse.
A esse anúncio, seguiram delírios da imprensa em relação à série, com vários veículos de comunicação apontando-a como um dos melhores programas da TV do ano, incluindo o posto de melhor programa de 2003 pela Television Week, que caracterizou a série como “ácida e cáustica”, seja lá o que isso quer dizer. O canal TVLand, que exibe seriados clássicos, elegeu Arrested Development o futuro-clássico do ano, título já entregue a "Scrubs" e "Undeclared" em anos anteriores. Para completar, a série recebeu, em seu ano de estréia, com menos de uma dezena de episódios exibidos, uma indicação para o Globo de Ouro na categoria de melhor série.
Depois de tudo isso, a audiência do seriado começou a subir e voltou ao patamar de sua estréia. O presidente da FOX até anunciou que o programa é sério candidato a ter sua primeira temporada lançada em DVD ainda este ano. Enfim, parece que dessa vez vai. Pelo menos por enquanto, podemos rir despreocupados. Torçam pela série no Globo de Ouro e teremos ainda mais motivos para rir.
Arrested Development já teve dez episódios exibidos nos EUA e, até maio, serão 22 episódios nessa primeira temporada. Aqui no Brasil a série estreou no último dia 11 e é exibida aos domingos às 21h no Canal FOX, sendo reprisada na terça-feira seguinte às 23h.
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quarta-feira, janeiro 21, 2004*
Traffic
Não sei como não tinha visto esse filme antes. Verdade. Enfim, o filme é excelente. A direção é muito boa, apesar de Soderbergh ser um diretor um tanto quanto inconstante. O roteiro é bem feito, com três tramas "paralelas" muito interessantes. Das três, a de Michael Douglas e a de Catherine Zeta-Jones são as melhores. A de Del Toro é concluída rapidamente e se arrasta pelo restante do filme, ficando meio entediante.
Falando no elenco, me surpreendi com o Oscar ter sido dado ao Del Toro nesse ano, sendo que 90% de suas falas no filme são em espanhol. Achei que a atuação do Don Cheadle foi excelente e menosprezada, enquanto, por outro lado, já vi Douglas em dias melhores. Topher Grace e Erika Christensen também aparecem muito bem.
A fotografia é muito bem feita, mas eu acho que não entendi a simbologia por trás dela, se é que existe uma. É claro que eu entendi o por que da cor azul e o por que da cor amarela, mas, se não me engano, esse artifício não é usado em todas as cenas, se é que alguém consegue me entender. E eu queria saber qual o critério para a presença dessas "colorações".
É um dos poucos filmes com mais de duas horas de duração que eu tive vontade de ver mais, provavelmente pelo final, que deixa várias questões abertas.
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As Invasões Bárbaras (Les Invasions Barbares)
Na minha opinião - e dentre os filmes que eu vi -, o melhor roteiro original da temporada, sem dúvida nenhuma. A trama é maravilhosa, os diálogos são perfeitos e os personagens são adoráveis. Acho que isso pode definir As Invasões Bárbaras. A direção é legal, as atuações são surpreendentemente boas e é só o que eu tenho a dizer.
Nas próximas premiações, eu acho que Invasões leva o Globo de Ouro facilmente, mas talvez isso não aconteça no Oscar, onde talvez Adeus, Lênin seja favorecido. Tudo bem que ambos têm mensagens políticas fortes, mas o primeiro é social demais, enquanto Lênin é uma visão política bem mais romantizada. Se isso que eu escrevi fizer sentido eu ficarei muito feliz, sério.
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segunda-feira, janeiro 19, 2004*
Waiting for the Globes! Oh-oh!
Produzida pelo bom velhinho (me referindo ao Dick Clark), a festa mais brega do cinema acontecerá no domingo que vem. Falo por causa das aberturas com músicas ridículas com menções às palavras Globe ou Globes. Há alguns anos, "Waiting For Tonight" virou "Waiting For The Globes" enquanto "She Bangs, She Bangs" virou "The Globes, The Globes!".
Enfim, farei previsões porque eu estou a fim. Aqui segue a lista de quem eu acho que vai ganhar e pronto, sem mostrar os outros indicados para não ficar um post gigante. Como eu não vi muitos filmes estou apostando pela repercussão desses filmes, diretores, atrizes e atores na mídia.
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Melhor Série de Drama
24 Horas
Melhor Atriz em Série Dramática
Allison Janney - The West Wing
Melhor Ator em Série Dramática
Kiefer Sutherland - 24 Horas
Melhor Série de Comédia
Sex and the City
Melhor Atriz em Série de Comédia
Sarah Jessica Parker - Sex and the City
Melhor Ator em Série de Comédia
Tony Shalhoub - Monk
Melhor minissérie ou Filme para a TV
Angels in America
Melhor Atriz em minissérie ou filme para TV
Meryl Streep - Angels in America
Melhor Ator em minissérie ou filme para a TV
Al Pacino - Angels in America
Melhor Atriz Coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV
Mary Louise Parker - Angels in America
Melhor Ator Coadjuvante em Série, minissérie ou filme para TV
Patrick Wilson - Angels in America
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Melhor Direção
Clint Eastwood - Sobre Meninos e Lobos
Melhor Roteiro
Brian Helgeland - Sobre Meninos e Lobos
Melhor Filme em Drama
Sobre Meninos e Lobos
Melhor Atriz em Drama
Charlize Theron - Monster
Melhor Ator em Drama
Sean Penn - Sobre Meninos e Lobos
Melhor Filme de Comédia ou Musical
Encontros e Desencontros
Melhor Atriz em Musical ou Comédia
Scarlett Johansson - Encontros e Desencontros
Melhor Ator em Musical ou Comédia
Bill Murray - Encontros e Desencontros
Melhor Filme Estrangeiro
As Invasões Bárbaras (França/Canadá)
Melhor Ator Coadjuvante
Tim Robbins - Sobre Meninos e Lobos
Melhor Atriz Coadjuvante
Patricia Clarkson - Pieces of April
Melhor Trilha Sonora Original
Hans Zimmer - O Último Samurai
Melhor Canção Original
"Time Enough for Tears" - Terra de Sonhos
Música e letra: Bono, Gavin Friday e Maurice Seezer
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Principalmente nas categorias de TV, tomara que eu erre tudo.
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Admirável Mundo Novo (Brave New World) - Aldous Huxley
Mais um final chocante. Acho que não vou agüentar mais um. Enfim, não vou comentar o final para não estragar a leitura de quem ainda não leu o livro, mas que me deu mais um nó na garganta, deu. Mas apesar disso, eu achei o final extremamente bem escrito e pensado, e cheguei a ler o parágrafo final duas vezes.
Aliás, todo o livro é muito bem escrito e trabalhado. Começando em um dos primeiros capítulos, com o trecho em que vemos várias cenas picotadas e entrelaçadas, até os capítulos finais, incluindo a conversa do Mustafá com o Selvagem, até o confinamento deste, próximo ao farol. Huxley consegue transmitir todas as imagens e sentimentos que precisa. E ele não precisa usar nenhuma tecnologia ou algum tipo de Literatura Sensível.
Falando em tecnologia, acho que prefiro pular aquela conversa de "Oh! Essa história descreve perfeitamente os dias de hoje!" ou "Oh! Como é atual!". Também prefiro me afastar das mensagens subliminares anti-fascistas, anti-comunistas, pró-consumistas, suas inversas e variações. Para mim, Admirável Mundo Novo é um romance inigualável, passando mensagens inteligentes e uma narrativa psicológica sensacional.
Nunca esquecerei de nenhum dos personagens, seja o Selvagem, Bernard, Lenina, Fanny, Helmholtz, Foster, o D.I.C., Linda ou o Mustafá. E nunca esquecerei a brilhante idéia de usar citações de Shakespeare nos diálogos e pensamentos do Selvagem. Ótimo!
Cortesã! Impudente cortesã!
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Meus próximos são Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger) - já em mãos, emprestado pela Patrícia -, O Processo (Franz Kafka) e 1984 (George Orwell).
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Antes de tudo, tirei O Tigre e o Dragão da minha lista. Ainda adoro o filme, mas eu acho que preciso ser mais seletivo para que aquela lista não cresça demais. Chocolate também está sob observação.
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Oito Mulheres (8 Femmes)
Uma história muito interessante. Um homem é assassinado em sua casa e oito mulheres são suspeitas do crime. Como uma nevasca impede que a polícia chegue até eles, as próprias tentam desvendar o mistério e descobrir a assassina. Uma narrativa agradável, com um desfecho inteligente e um elenco maravilhoso. Aliás, muito legal ver um elenco composto por apenas oito mulheres e mais nada. Quer dizer, o marido é creditado, mas não tem falas. Danielle Darrieux, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Emmanuelle Béart, Fanny Ardant, Virginie Ledoyen, Ludivine Sagnier e Firmine Richard. Mas, ainda assim, nem tudo é perfeito.
Quando começou a primeira das cenas musicais, da Ludivine Sagnier, eu estranhei. Logo depois, as personagens de Catherine Deneuve e Virginie Ledoyen começam a dançar ridiculamente ao som de uma música igualmente ruim. E acho que foi isso que estragou o filme. A única das músicas que eu achei boa foi a da personagem Chanel.
De resto, é um trabalho caracteristicamente Ozon. Não que eu tenha experiência no ramo, mas tendo visto outros dois filmes do diretor recentemente ( Swimming Pool e Sitcom), acho que posso ver alguns traços comuns em seus trabalhos.
Achei interessante o uso de basicamente apenas um cenário, que era a sala da casa. Isso deu um ar teatral ao filme e eu pude ter certeza que se tratava da adaptação de uma peça ou musical. E estava certo.
***
A propósito, depois de ver esse filme, eu comecei a valorizar muito mais o trabalho de Sagnier em Swimming Pool. Dá pra perceber que a transformação foi tremenda e ela realmente deve ter se esforçado para interpretar Julie no filme mais recente. Tinha menosprezado seu talento... Mas, também, era fácil ter a atenção desviada O_o
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sábado, janeiro 17, 2004*
O Último Samurai (The Last Samurai)
Por pouco esse filme não é um arrasa-quarteirão típico. Tem até uma bela mensagem, quase filosófica, embutida, muito interessante. Por pouco o meu desgosto pelo Tom Cruise passa despercebido. Ele interpreta muito bem a tal filosofia que o filme tenta passar.
Mas ainda assim estão presentes as cenas de batalha, o vilão mais incrivelmente ridículo do ano e uma trama de amor que poderia ter sido eliminada, tão desimportante que é.
Eu saí do cinema quase aceitando uma indicação de Cruise para Melhor Ator esse ano, mas me lembrei dos fortes concorrentes que ele tem e dei um passo atrás. Ainda assim, se acontecer, não será desmerecido. Por outro lado, Ken Watanabe parece mais perto de uma indicação para Ator Coadjuvante, mas não percebi algo que garantisse tal fato.
A trilha sonora é brilhante e a direção é boa. É praticamente um equilíbrio entre "filme feito para o Oscar" e "filme pipoca", que consegue divertir bastante e ter uma qualidade muito boa. Vale a pena sim, e foi quase ótimo.
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As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides)
Misterioso. Não só as meninas Lisbon escondem alguma coisa. A própria Sofia Coppola não quer nos contar o que ela sente e por que suas virgens se sentiam tão amargamente mal. Depois do filme, me senti como os outros garotos da rua, que tentavam se aproximar delas, mas nunca realmente as entenderam.
O elenco relmente é ótimo. James Woods, Kathleen Turner, Kirsten Dunst, A.J. Cook (minha Lisbon favorita) e todas as outras. Só não superei meu grande ódio pelo Josh Hartnett, que, nesse filme, está tão mal quanto em todos os outros. A narração de Giovanni Ribisi é fabulosa e envolvente.
O final do filme é asfixiante. Mas, diferente de Réquiem, não é um soco no estômago. As Virgens dão um nó na garganta, deixando-nos todos atônitos e perdidos.
A direção de Sofia Coppola é ótima para uma estreante, mas ainda não considero algo marcante. A fotografia é digna de destaque, sem contar a trilha sonora.
Médico: What are you doing here, honey? You're not even old enough to know how bad life gets.
Cecilia Lisbon: Obviously, Doctor, you've never been a thirteen year old girl.
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quinta-feira, janeiro 15, 2004*
Vincent
Don McLean
Starry starry night
Paint your pallete blue and grey
Look out on a summers day
With eyes that know the darkness in my soul
Shadows on hills
Sketch the tress and daffodils
Catch the breeze and the winter chill
In colors on the snowy linen land
Now I understand
What you tried to say to me
How you suffered for you sanity
How you tried to set them free
They would not listen, they did not know how
Perhaps they'll listen now
Starry starry night
Flamings flower's that brightly blaze
Swirling coulds in violet haze
Reflect in Vincent's eyes of china blue
Colors changing hue
Morning fields of amber graing
Weatherd faces lined in pain
Are soothed beneath the artists loving hand
Now I understand
What you tried to say to me
How you suffered for you sanity
How you tried to set them free
They would not listen, they did not know how
Perhaps they'll listen now
For they could not love you
But still your love was true
And when no hope was left in sight on that starry starry night
You took you life as lovers often do
But I could of told you Vincent
This world was never meant for one as beautiful as you
Starry starry nite
Portraits hung in empty halls
Frameless heads on nameless walls
With I's that watch the world and can't forget
Like the strangers that you've met
The ragged men in ragged clothes
The silver thorn the bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow
Now I think I know
What you tried to say to me
How you suffered for you sanity
How you tried to set them free
They would not listen, they're not listening still
Perhaps they never will
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Réquiem Para Um Sonho (Requiem For a Dream)
Sempre tive vontade de assistir a esse filme, por causa de todos os bons comentários que eu já tinha ouvido. Mas admito que, depois de uma péssima experiência com Pi, essa vontade diminuiu. Pouco, mas diminuiu.
Aí eu resolvi alugar Réquiem Para Um Sonho e quebrei a cara. E eu adorei quebrar a cara, porque Darren Aronofski é um diretor brilhante. Cada cena do filme é maravilhosa, tanto graficamente quanto na própria trama, envolta num ótimo roteiro. Aliás, o plot da Sra. Goldfarb é o melhor em todos os aspectos e detalhes.
E o elenco? Não poderia ser melhor. Jared Leto perfeiro e Ellen Burstyn melhor ainda. Erin Brokovich é o cacete! Jennifer Connelly também aparece muito bem e até Marlon Wayans está decente! Um milagre!
A trilha sonora é tão pesada quanto as cenas, o que ajuda na construção de um clima meio chocante. O clímax é um grande soco no estômago e deixa o espectador perplexo. Acho que nunca mais esse filme vai sair da minha mente.
Só fui descobrir como se fala requiem em inglês quando vi o trailer que veio no DVD. Descobri, mas ainda não tenho a menor habilidade para fazê-lo.
réquiem sm. Na liturgia católica, parte do ofício dos mortos que principia com a palavra latina requiem (repouso).
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Depois de assistir a esse filme, fui ler Admirável Mundo Novo. Incrivelmente, nem as cenas de apedrejamento ou a tentativa do Selvagem de matar Popé surtiram qualquer efeito de choque em mim. Já me senti anestesiado depois de Réquiem.
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quarta-feira, janeiro 14, 2004*
Deixei acumular uns filmes que eu vi, então esses comentários serão curtos. E uma pequena observação: podem haver spoilers nos comentários sobre Swimming Pool.
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Swimming Pool - À Beira da Piscina (Swimming Pool)
Esse é o melhor dos três, sem dúvida. Durante todo o filme, assistimos ao desenvolvimento e ao processo criativo do mais novo livro policial de uma escritora inglesa, que vai passar algumas semanas na casa de seu editor, na França, para relaxar e poder se envolver no tal projeto.
Tudo é muito interessante e bem construído, mas o que ganhou meu gosto foi realmente o desfecho do filme. Aliás, acho que antes disso, Swimming Pool não é nada. Depois do final, é maravilhoso analisar cada detalhe, cada acontecimento ocorrido na França. As ligações nunca completadas, a piscina coberta... Tudo ótimo. Mas talvez seja um filme a ser revisto.
Charlotte Rampling é uma ótima atriz e Ludivine Sagnier é ótima para ficar se exibindo por aí, à beira de qualquer piscina.
Já fz tanto tempo que eu vi que eu nem sei o que comentar. Droga...
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Abaixo o Amor (Down With Love)
No início, estava me divertindo muito com esse filme. Era uma interessante homenagem às comédias dos anos 60. Era tudo tão divertido, tão colorido, tão bonitinho que parecia um desenho animado.
E assim o filme vai... e vai... e continua... até acabar da maneira mais ridícula que já se viu. Eu até achei que o final fosse uma piada, mas não! Era sério! Isso estragou qualquer qualidade que ele tenha apresentado.
Sobre o elenco, até que é bom. Ewan McGregor está muito bem, enquanto Renée Zellweger ainda não me convenceu de que não é a Enfermeira Betty em pessoa. Por outro lado, os coadjuvantes David Hyde Pierce e Sarah Paulson surpreendem e até roubam a cena.
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Revi Chicago e mantenho meu julgamento de que é um dos melhores filmes de 2003, sem dúvida.
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Secretária (Secretary)
O início de Secretária faz você achar que será um filme agradável, sobre uma garota que, ao sair de uma clínica psiquiátrica, tenta retomar a vida arrumando um emprego e um namorado. Eu me refiro às cenas depois que a protagonista aparece "acorrentada", segurando uma xícara de café, com documentos na boca.
James Spader e Maggie Gyllenhaal fazem interpretações brilhantes e seus personagens foram perfeitamente construídos, mas talvez a qualidade do filme não transpasse muito esses pontos.
Talvez a cena da protagonista vestida de noiva e sentada, imóvel, no escritório de seu chefe seja o ponto alto. No mais, Secretária é só um filme interessante e diferente, com boas atuações.
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Vi Réquiem Para Um Sonho ontem. Muito bom! Comento depois.
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Vou começar a usar com freqüência a expressão "Fabuloso!", simplesmente porque me deu vontade agora há pouco...
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segunda-feira, janeiro 12, 2004*
Ei, Britney! Cê disse que quer ficar doidona?
Estou entediado. Nas últimas 48 horas o que salvou a pátria foram minhas leituras, a reprise de Chicago ontem, ter meu cabelo cortado, andar de bicicleta e voltar a escrever algo que prestasse. E olha que na minha pedalada eu me surpreendi cantando um fragmento de "Me Against The Music" enquanto tocava no rádio. Mas eu juro que não foi de propósito! Mas por precaução eu desliguei o walkman quando começou a tocar Felipe Dylon.
Sexta eu vi Secretária, que é bom, e hoje eu vi Abaixo o Amor, que não o é. Depois eu comento.
Acho que todas as séries têm reprisado nesse começo de ano. Eu tenho baixado Las Vegas e acho que tá começando a encher o saco. Por outro lado, hoje estreou Arrested Development e eu continuo dizendo que é a melhor comédia que eu já vi em muito tempo. Não vou pedir ninguém pra assistir porque eu sei que ninguém vai, mas Domingo às 21h é um bom horário pra se ligar a TV no canal FOX.
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sexta-feira, janeiro 09, 2004*
Eu sonhei com a Macia Gay Harden, hauhauahuahuha.
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Esqueci de colocar uma resolução de ano novo.
32,5- Andar de montanha-russa.
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Era Uma Vez Na América (Once Upon A Time In America)
Quando eu tava passeando aqui na internet, achei um link de um trailer pra esse filme e resolvi dar uma olhada. Achei interessante eu, juntando com bons comentários que eu já tinha ouvido, decidi alugar. Mas preparem as melancias, porque eu tenho que dizer que não achei essa coisa toda não.
A construção das histórias e da trama é muito bem feita, mostrando praticamente a "saga" de um grupo de amigos que se envolve com a máfia judaica e o contrabando de bebidas durante a lei seca. Não, não é mais um filme de máfia americano. É bem mais pessoal e quase intimista do que isso.
A maneira que as histórias são narradas é ótima, exceto pelo fato de ser demasiadamente lenta e longa. Por mais belo que um filme possa ser, 3h45 é sempre tempo demais. Talvez a versão original, com 2h19 fosse me agradar mais.
Sinceramente, a trilha sonora é sofrível de tão ruim e irregular. Chega a irritar. E o telefone tocando nos primeiros 5 minutos de fita deve ter provocado suicídios em massa na época de sua exibição. Aliás, já que estamos falando disso, todo o início do filme é descartável. Passeia-se por cenas totalmente desnecessárias e sem sentido para chegar a um ponto de partida conveniente.
E nem pensem em começar a exigir créditos pela direção, porque eu achei totalmente convencional. Posso ser eu, já que eu odeio alguns daqueles jogos de câmeras usados no início do filme. Dessa vez não existe nem a desculpa de se tratar de um filme que já tem 20 anos, porque tenho certeza que aquilo não era novidade para ninguém naquele tempo.
De resto - não sejam malvados, sobrou muita coisa ainda -, é um filme muito bonito e agradável de se assistir. As interpretações são muito boas, começando-se por James Woods, que é o melhor em cena. Também podem ser destacados Treat Williams, William Forsythe, o jovem Scott Tiler e, por fim, Robert DeNiro.
Novamente, essa é a minha opinião, se é que ela importa pra alguém. Eu não faria um filme melhor que o senhor Leone, mas se eu paguei pra assistir e estou ajudando a encher a família dele de grana, eu posso falar o que quiser. E tenho certeza que o Oeste deve ser muito mais interessante.
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Hoje aluguei Secretária, que eu estou muito curioso pra ver, e Chicago, a pedido dos meus pais.
No cinema existem filmes demais a serem vistos o quanto antes, pra não acumular. Swimming Pool, 21 Gramas, Simplesmente Amor, O Declínio do Império Americano e Invasões Bárbaras.
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quinta-feira, janeiro 08, 2004*
Meu olho direito
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A face radiante da morte (Svetlyi lik smerti) - Alexandra Marínina
Eu sei que demorou, mas finalmente terminei de ler. E só me levaram três "lidas" pra terminar a metade que faltava. O fato que é a primeira metade do livro não tem praticamente nada de policial. Talvez isso tenha me causado algum estranhamento e, por isso, eu não tenha gostado nada de ler esse livro no início.
Mas acontece que não é um livro policial comum. Não é quem-o que-quando-onde-por que, como Agatha Christie's e afins. A Face Radiante da Morte é praticamente todo baseado em psicologia, nas rotinas das pessoas envolvidas na trama, introspecção e pensamentos.
A segunda metade, então, é bem mais interessante, mostrando os investigadores se aprofundando cada vez mais no crime, mas sem abandonar as características originais. Talvez essa parte psicológica tenha tornado essa parte policial melhor do que seria.
Existem algumas falhas no livro. Se não fosse o aspecto intelectual, eu diria que é uma obra totalmente comercial, escrita na simples intenção de se fazer dinheiro. Algumas falas de personagens se estendem por mais de uma página. Eu fico só imaginando que tipo de pessoa iria escutar aquilo sem fazer uma interrupção. E o mais estranho é que os próprios investigadores expõem teorias sem fundamentos, mas que convenientemente serão confirmadas adiante.
De qualquer maneira, achei os personagens muito bem construídos, especialmente a protagonista, Nástia Kamênskaya. E eu gostei bastante do final. Não do desdobramento das investigações, por si só, mas a "lição" que é dada nos últimos parágrafos. Chega a arrepiar.
A edição é ótima, com um layout muito bem feito e uma capa interessantíssima.
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Ontem mesmo, nas minha madrugadas literárias, comecei a ler Admirável Mundo Novo. Só li o primeiro capítulo e achei muito bom. Fiquei até com vontade de ler mais, mas estava com um pouco de sono.
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O longo dia se acabou
Meus dias, ultimamente, têm sido praticamente iguais. Estou estabelecendo uma rotina nessas férias.
Eu acordo aproximadamente às 11h, saio para andar de bicicleta, volto às 11h50, tomo banho, faço alguma besteira no PC e almoço. Durante a tarde eu saio pra fazer alguma besteira ou vejo um filme. À noite, eu fico no PC até 1h, depois vou ler até 2h30, vejo TV e durmo às 3h.
Que interessante...
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quarta-feira, janeiro 07, 2004*
Lapin, où avez-vous mis la fille de clefs?
O título acima se refere a meu novo passatempo: traduzir frases no tradutor da Babelfish. Essa acima será reconhecível por quem conhece Tori Amos ou por quem conhece francês. Só sei que é muito divertido e inútil.
Kaninchen, wo setzten Sie das Schlüsselmädchen?
Coniglio, dove avete messo la ragazza di chiavi?
¿Conejo, dónde usted puso a muchacha de las llaves?
Enfim, abaixo vai um mega-post-único® pra compensar a falta de posts recente. Assisti milhares de coisas, então, o post continua.
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Antes disso: vi uma coisa bizarra agora. Tava olhando meus arquivos do blog e vi que na sexta-feira, dia 31 de outubro, eu postei algo assim: "Acho que vou ficar doente...". No domingo, dia 2 de novembro, eu tive a crise de apendicite. Provavelmente eu tinha espirrado na hora desse post e achei que fosse ficar doente, mas fingir que sou vidente é mais legal.
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Mega-post-único® de filmes que eu vi
Vi vários filmes nesses últimos tempos. Nem todos são dignos de receber meus comentários, então, aqui vai a lista, com curtos comentários daqueles que merecem algum.
Casseta e Planeta - A Taça do Mundo é Nossa
SWAT - Esquadrão Especial
O Mundo de Andy: Realmente me surpreendi com esse filme. Esperava uma biografia simplesmente sentimental de Andy Kaufman e podia jurar que tinha alcoolismo envolvido na jogada. Mas na verdade acho que é um dos filmes mais belos que eu já vi. Jim Carrey está perfeito no papel, bem como a direção de Milos Forman. Ouvir "Man on the Moon" do REM também é ótimo.
O Júri: Ótimo thriller com um elenco excelente. Aliás, não se pode e nem se deve esperar nada mais e nada menos do que isso. Posso destacar seguramente a atuação de John Cusack como a melhor.
Pulp Fiction: Segundo filme de Quentin Tarantino e o segundo que eu vi. Achei melhor do que Cães de Aluguel, apesar de serem diferentes. A cena inicial, a trilha sonora e a Uma Thurman são o que mais chamaram a atenção, na minha opinião.
O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei: Todo mundo já viu esse filme, fala sério. Enfim, acho que posso dizer que esse é o pior dos três. A cena final da despedida do Frodo e seqüências são demasiadamente longas e chegaram a irritar. Ainda fico com o primeiro filme.
Adeus, Lênin!: A idéia da trama desse filme é totalmente genial. Além da premissa inicial, todas as cenas são traçadas com um humor fino, sempre se apoiando na idéia central. O elenco também é de primeira linha - mesmo sem eu poder comparar com a nata de artistas alemães. O mais interessante é a crítica política embutida no monólogo do protagonista em varios momentos do filme.
Sobre Meninos e Lobos: Desse eu esperava mais. O filme é um dramalhão pesado e até bonito, mas com uma história policial fraquíssima. Aliás, o que foi aquela história da mulher do personagem do Kevin Bacon? A única explicação para isso é revelar alguma característica psicológica ou o estado de espírito do personagem, mas eu não consegui captar a mensagem e achei ridículo. O elenco é grandioso, mas as atuações de Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Marcia Gay Harden e Laura Linney, apesar de boas, não surpreenderam.
Jackie Brown: Terceiro de Tarantino e o terceiro que eu vi. E é o mais fraco de todos. Até parecia que o diretor não estava consumindo drogas durante a concepção desse filme. Vi Robert DeNiro no que pode ser um dos piores papéis de sua vida e um Samuel L. Jackson quase prepotente. Por outro lado, Pam Grier faz um bom trabalho e o filme é bem feito, sim.
A Última Noite: Não gostei muito desse filme. É claro que as atuações de Edward Norton, Phillip Seymour Hoffman, Barry Pepper, Rosario Dawson e Brian Cox foram boas, mas nada surpreendeu muito. Mas o pouco do filme vale pela direção de Spike Lee e pelo fuck monologue. Achei o final supra-meloso e provavelmente desnecessário. Pois é.
O Tigre e o Dragão: Esse é lindo. Há uns dois meses passou no AXN legendado... mas dublado em inglês. Me recusei a ver. Depois a Globo passou, com SAP em mandarim e Closed Caption em português. Apesar da história meio simples, o filme vale pelas cenas de luta, que são simplesmente perfeitas.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain: Achei bem legal. O roteiro é especialmente bom, bem como a fotografia. Audrey Tautou é adorável e pronto.
Do Jeito Que Ela É: Comediazinha leve e bastante divertida. Seria quase família se não mostrasse a mãe fumando maconha com o filho. Patricia Clarkson aparece muito bem e Sean Hayes participa como o personagem mais divertido, apesar de estar em poucos minutos.
Chocolate: A melhor surpresa desses filmes da lista. Nunca achei que fosse gostar de Chocolate, mas é um dos melhores filmes de 2002, com certeza. Juliette Binoche ganhou meu gosto e o resto do elenco é ótimo. Lena Olin, Johnny Depp, Judi Dench, Alfred Molina e Carrie-Anne Moss.
Laranja Mecânica: Outro excelente filme. A trilha sonora é o símbolo máximo de tudo. Malcolm McDowell foi o ator perfeito para o personagem perfeito que é Alex DeLarge.
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Ainda tem Kill Bill: Vol. 1, mas esse merece um post separado.
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O melhor de 2003
Roubando - de certa maneira - a idéia do Thales, aqui vai a minha lista dos melhores de 2003. Na categoria de cinema eu tive alguma dificuldade, já que talvez mais de 60% dos filmes que eu vi esse ano foram produzidos em anos anteriores.
Melhor Filme: Chicago
Menção honrosa: Embriagado de Amor
Melhor Ator: Sean Penn (Sobre Meninos e Lobos)
Melhor Atriz: Nicole Kidman (As Horas)
Melhor Diretor: Paul Thomas Anderson
Melhor Elenco: As Horas
Melhor Prazer Secreto: A Viagem de Chihiro
Melhor Série - Comédia: Dead Like Me (vai aqui mesmo...)
Menção honrosa: Curb Your Enthusiasm, Arrested Development
Melhor Série - Drama: The Shield
Menção honrosa: Out of Order
Melhor Ator: Eric Stoltz (Out of Order)
Melhor Atriz: Lauren Graham (Gilmore Girls)
Melhor Programa de Variedades: Manhattan Connection
Melhor Game Show: O Elo Mais Fraco
Melhor Desenho Animado: Os Simpsons
Melhor Prazer Secreto: The O.C.
Melhor Música: Bessie Smith (Norah Jones)
Melhor Letra: Seven Years (Norah Jones)
Melhor Cantor: John Rzeznik (Goo Goo Dolls)
Melhor Cantora: Norah Jones
Melhor Banda: Matchbox 20
Melhor Livro: Como Ser Legal (Nick Hornby)
Menção honrosa: A Revolução dos Bichos (George Orwell)
Melhor Autor: Nick Hornby
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about myself*
Quem: Bruno Boghossian
De quando: 30/03/1986
Onde: Rio de Janeiro
Quê: Comunicação Social (ECO/UFRJ - 2004/1)
Something to talk about: Viagens, livros, TV, cinema e música
Contato

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my favorite*
TV
The Apprentice
Arrested Development
Curb Your Enthusiasm
Dead Like Me
Friends
Gilmore Girls
The King of Queens
Monk
The Office
Out of Order
Scrubs
Seinfeld
Sex and the City
The Shield
Six Feet Under
The Sopranos
24 Horas
Twin Peaks
The West Wing
Without a Trace
Filmes
Kill Bill
Pulp Fiction
Cães de Aluguel
Encontros e Desencontros
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
Laranja Mecânica
O Poderoso Chefão
M*A*S*H
Embriagado de Amor
Um Estranho no Ninho
Beleza Americana
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The Truman Show
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JFK
Psicose
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Cidadão Kane
O Homem Elefante
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Livros
O Melhor Livro Sobre o Nada (Jerry Seinfeld)
O Alienista (Machado de Assis)
Dom Casmurro (Machado de Assis)
Um Grande Garoto (Nick Hornby)
A Revolução dos Bichos (George Orwell)
Como Ser Legal (Nick Hornby)
Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
O Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger)
Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago)
O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams)
O Restaurante no Fim do Universo (Douglas Adams)
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