...you've been going so crazy*
segunda-feira, fevereiro 13, 2006*


Compensei, mas não vou obrigar ninguém a ler tudo.
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Isso aqui foi escrito a seis mãos, se não me engano.

Cena: Set de gravação imitando um bar. Meredith, Izabelle e Fred estão na cena e Jessica participa como figurante. Leonard e Jesse estão sentados em frente ao cenário.

Leonard: Vamos começar?

Izabelle: Não dá!

Leonard: Como não?!

Izabelle: Eu não sei o nome da série...

Leonard: Como não?! Ninguém lê os memorandos, não?!

Jesse: Pra falar a verdade, eu também não sei. Mas não me admira, já que me largaram no hotel a manhã inteira.

Leonard: Chega dessa história de hotel! E o nome da série é "Turn The Beat Around". Por causa de toda a história da personagem ser cantora de bar.

Fred: Não é uma música da Gloria Estefan?

Leonard: Esse é o charme...

Jessica: Ela vai te processar por calúnia difamação, danos morais e uso indevido da imagem.

Leonard suspira.

Leonard: OK...Todos prontos?

Izabelle: Mais ou menos?

Jesse: Eu acho que vou cometer um grande erro ao perguntar por que "mais ou menos"...

Izabelle: É que eu tava lendo o texto ontem a noite e daí eu achei tão chato que peguei no sono... Ou seja, eu não decorei nenhuma fala.

Leonard: Como é?! Meu texto é chato?!

Jesse: É! Mas isso não vem ao caso! Temos que gravar a cena e...

Izabelle: Não se preocupem eu já resolvi tudo! Já que nessa cena a Jessica sempre fica de costas pra mim eu fiz esse cartaz com minhas falas para grudar atrás dela! Ninguém vai ver!

Jessica, irritada: Tá me chamando de gorda!?

Izabelle: Eu disse a palavra gorda?

Jessica: Você quer pendurar um cartaz em mim! Você acha que eu tenho tamanho de um outdoor!

Izabelle: Ok! Da próxima vez que eu vir um outdoor eu recomendo um regime a ele...

Fred: Nós vamos gravar ou...

Leonard: Ok! Acalmem-se todos! Izabelle, você só tem que ficar sentada naquele banco. A Meredith fica a seu lado. Quando o Fred chegar e convidar você pra sair você faz uma cara de irritada com a cantada que ele passou e joga um drink nele.

Izabelle: Só isso!? Sinto que não estão usando todo meu potencial como atriz.

Jessica: E eu!?

Jesse: Você é figurante, não faz nada.

Jessica: Tá me chamando de inútil? É porque sou gorda? Negra? Baixa? Nova-iorquina? Gorda, negra, baixa E nova-iorquina?

Leonard: Meu Deus... Vamos gravar agora! Todos tomam suas posições. Ação!

Meredith, atuando: Então...Você saiu com o Dante ontem depois do expediente...

Izabelle: Quem diabos é Dante?!

Leonard: Corta! Izabelle, Dante é o cara com quem sua personagem saiu! Você não leu o roteiro?

Izabelle: Que tipo de mulher sai com um cara chamando Dante? Dante é o nome do vulcão naquele filme!

Jesse: Izabelle, não importa. A única coisa que você tem que dizer é "Sim, foi maravilhoso"!

Izabelle: Então eu digo que foi maravilhoso e depois entram as dançarinas de can-can?

Leonard: Izabelle, eu expliquei a cena há três minutos.

Izabelle: Você sabe que eu tenho péssima memória. Eu tava tomando um remédio pra isso, mas esqueci de tomar o remédio.

Todos ficam em silêncio, olhando para Izabelle.

Izabelle: LEMBREEEEEEEEEEEI!

Todos se assustam.

Izabelle: Cantada ridícula, jogar drink no Fred. Certo!

Leonard: Isso! Podem começar.

Fred: Vamos gravar agora?

Izabelle: Cala a boca porque você é meu coadjuvante! Nos créditos meu nome vem antes que o seu e em letras maiores! E além do mais, eu tenho reclamações a fazer!

Jesse: Eu adoro essa parte...

Izabelle: Leonard, eu li aquela cantada idiota... Se você confessar que já passou aquela cantada eu chegaria a conclusão que há mais de cinco anos que você não...

Leonard, interrompendo: Ei! Isso não é reclamação!

Izabelle: Eu sei! VOCÊ deveria reclamar! E tem mais! Por que um cara vai no bar convidar a cantora para tomar café? Por que ele não paga um drink para ela? Por que o cara com quem eu saí além de se chamar Dante é jogador de futebol?

Leonard: Izabelle, você gostaria de escrever o texto?

Izabelle: Se eu soubesse digitar... Mas vai assim mesmo...Por enquanto!

Leonard: Ok... Eu acho... (Suspiro) Vamos gravar logo! Ação!

Meredith, atuando: Eu vi que você saiu com o Dante ontem depois do expediente...

Izabelle, atuando: Sim... Foi maravilhoso!

Fred aproxima-se das duas.

Fred, atuando: Sarah, quando eu vi você cantando ontem eu cheguei à conclusão de que se os anjos têm voz elas são exatamente como a sua. Eu sei que você saindo com aquele jogador de futebol... Mas você não gostaria de sair pra tomar um café?

Izabelle faz cara de nojo ao ouvir a cantada, depois de levanta e derrama a bebida no rosto de Fred.

Izabelle, atuando com raiva: SIM! Foi maravilhoso!

Mulher, em off: Meu filho!

Uma senhora invade o estúdio e vai abraçar Fred.

Jesse: É impressionante como esse estúdio se assemelha cada vez mais com um circo.

Mãe de Fred, para Izabelle: Mocinha, como se atreve a jogar água na cara do meu filhinho?!

Izabelle: Não é água! É vodka!

Mãe de Fred: A BEBIDA DO DEMÔNIO?!

Jessica: Senhora, processe-os por calúnia, difamação, danos morais e religiosos!

Mãe de Fred, ameaçando Leonard com sua bengala: Meu jovem, você paga meu filho para levá-lo pro mau caminho!

Fred: Mãe...

Mãe de Fred: Não fale, Fred! Vai estragar sua garganta! Eu não devia ter deixado você se envolver com esse negócio de televisão! A caixinha do demônio! Com todas essas bebidas e... (Olha para Izabelle e Meredith) essas moças depravadas!

Izabelle: Você quer que eu mate ela Leonard? Eu sou uma estrela, eu posso fazer isso.

Leonard: Não! Senhora, deixe-nos só terminar essa cena.

Jesse: Acho que já tivemos cenas demais por aqui hoje...

Jessica: Leonard, processe a velha! Por calúnia, difamação, danos morais e...
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Comânder in cheeeeeese
Ou "Pseudo-transgressão e a superalienação da classe média"


"E agora, Jeff? O que devo fazer?"


Na televisão americana atual, existe uma clara diferença entre o conteúdo de ficção veiculado nos canais aberto e nos canais pagos: enquanto este apresenta uma abertura cada vez maior para a experimentação e a transgressão, as grandes redes preferem não arriscar e mantém seu conteúdo tradicional. Exceto por alguns exemplos revolucionários de sucesso que chegaram à TV aberta recentemente. Ou não?

Se você respira, tem uma queda pela inútil cultura pop ocidental e não vive sob um regime fundamentalista, deve saber o que é a pérola televisiva Desperate Housewives. Graças a este programa vendido como um drama interessante, com humor inteligente e sátiras às famílias tradicionais, a emissora ABC alcançou grandes índices de audiência. E resolveu reproduzir o gênero.

Além de valorizar mulheres inteligentes e expôr o lado podre dos subúrbios em Desperate Housewives, os novos sucessos trazem médicas gostosas (mas sempre inteligentes e aparentemente nada frágeis) ganhando espaço em um pronto-socorro em Grey's Anatomy e, o mais novo hit, Commander in Chief.

Commander in Chief é um suposto drama supostamente político supostamente espirituoso supostamente estrelado por Geena Davis. Na verdade, nenhuma das suposições são concretas. A série é, de fato, apenas mais um exemplo de como o anti-Cristo viria ao mundo se fosse um roteiro mal escrito.

O que há de comum entre esses três programas é a tentativa de se mostrar inovador e revolucionário: mulheres poderosas, imponentes e independentes; conteúdo crítico que faz o telespectador refletir sobre os valores da sociedade. Entretanto, por trás da imagem transgressora, está uma reafirmação dos valores conservadores. Desperate Housewives exibe exatamente o que o público conservador - a massa da classe média americana - quer ver: um retrato de suas vidas, que releva seus defeitos; personagens estereotípicas, de fácil identificação; uma estrutura narrativa clássica cheia de suspense e ganchos. Enfim, um roteiro raso como um pires de cabeça para baixo e uma fórmula de sucesso que não deve nada aos seriados de TV dos anos 1960.

Em Commander in Chief, nada é muito diferente. Por baixo do pano liberal e feminista, a personagem de Geena Davis, a vice-presidente que tomou posse após a morte do presidente dos EUA, é tão burrinha que pode ser confundida com uma adolescente fútil. E isso expõe mais uma tentativa de enganar o público: nada mais vigoroso que mostrar uma mulher como presidente do país mais poderoso do mundo, certo? Seria, se a presidente não fosse importunada pelo presidente da Câmara (Donald Sutherland, coitado), controlada pelo marido e sacaneada pelos assessores (inclusive as mulheres!). A filha aborrecente é republicana (seria irônico se o conservadorismo fosse mais implícito) e, logicamente, não apóia a presidência da mãe.

Para dar um exemplo da qualidade pré-escolar do roteiro e de uma passividade da personagem principal que faria Jane Fonda atacar um elefante a machadadas: em 10 minutos de um determinado episódio, a presidente participou de uma reunião de campanha que durou dois minutos (a verossimilhança manda um abraço) e só abriu a boca para dizer "E então?", enquanto o assessor da campanha ria de sua incapacidade política e o marido resolvia todos os problemas. Mais tarde, foi chamada a seu gabinete, "O que houve, Jeff?" e ficou perplexa ao saber que a América estava em perigo por ter invadido, inadvertidamente, o país malvadão da vez. E segurava uma expressão telenovelesca enquanto a câmera dava o zoom mais longo e menos dramático da História audiovisual.

A culpa do sucesso do programa não é da ignorância da audiência americana. É verdade que os telespectadores da classe média estão cada vez menos exigentes, procurando nada mais que uma simples diversão. É possível criar programas realmente inovadores na televisão, com roteiros inteligentes, trabalhados, sarcásticos e críticos.

No entanto, por mais óbvio e repetitivo que pareça, uma vez que a televisão é o meio de comunicação mais lucrativo do mundo, enquanto o interesse comercial for a única ordem, a programação televisiva apostará em sua vertente de hot medium e perderá as chances de desenvolver qualquer conteúdo de qualidade.
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sábado, fevereiro 11, 2006*

O que a tevê fez de bom em 2005


Em ordem alfabética:

*Arrested Development
*Curb Your Enthusiasm
*Everybody Hates Chris
*House
*My Name is Earl
*No Direction Home
*The Office
*Scrubs
*The Shield
*Six Feet Under
*Veronica Mars
*Weeds
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Melhores álbuns de 2005


Já enganei demais os meus fiéis leitores. Não terminei de ouvir todos os álbuns de 2005 que eu baixei, mas prefiro não adiar muito mais. Aqui vai uma lista, em ordem de preferência, nos moldes de sempre: discutível, controversa e não-definitiva.

Excelente
*Sufjan Stevens - Illinois
*Architecture in Helsinki - In Case We Die
*Bright Eyes - I'm Wide Awake It's Morning
*Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
*Wolf Parade - Apologies to Queen Mary
*Sigur Rós - Takk

Muito bom
*Fiona Apple - Extraordinary Machine
*Of Montreal - The Sunlandic Twins
*I Am Kloot - Gods and Monsters
*The New Pornographers - Twin Cinema
*Franz Ferdinand - You Could Have It So Much Better with Franz Ferdinand

Bom
*The Raveonettes - Pretty in Black
*Bloc Party - Silent Alarm
*The National - Alligator
*Hard-Fi - Stars of CCTV
*Hot Hot Heat - Elevator
*Devendra Banhart - Cripple Crow
*Mew - And The Glass Handed Kites
*My Morning Jacket - Z
*Imogen Heap - Speak For Yourself

Regular
*Animal Collective - Feels
*The White Stripes - Get Behind Me, Satan
*...And You Will Know Us By The Trail of Dead - Worlds Apart
*Pernice Brothers - Discover a Lovelier You
*The Magic Numbers - The Magic Numbers
*Spoon - Gimme Fiction
*Editors - The Back Room
*Sons and Daughters - The Repulsion Box
*Antony and the Johnsons - I Am a Bird Now
*Acid House Kings - Sing Along With The Acid House Kings

Fraco
*Brazilian Girls - Brazilian Girls
*The Boy Least Likely To - The Best Party Ever
*Maxïmo Park - A Certain Trigger
*Mercury Rev - The Secret Migration
*Nada Surf - The Weigth is a Gift
*Love is All - Nine Times That Same Song

Muito fraco
*The Bravery - The Bravery
*Kaiser Chiefs - Employment
*Art Brut - Band Bang Rock and Roll
*Serena Maneesh - Serena Maneesh
*Beck - Guero
*Doves - Some Cities
*Wilderness - Wilderness
*Vashti Bunyan - Lookaftering
*All Girl Summer Fun Band - All Girl Summer Fun Band

Péssimo
*American Analog Set - Set Free
*Oasis - Don't Believe the Truth
*Athlete - Tourist
*The Kills - No Wow
*Sleater-Kinney - The Woods
*We Are Scientists - With Love and Squalor

Deprimente
*Weezer - Make Believe
*The Mars Volta - Frances the Mute

OBS: "Did You See The Words" e "Grass", as duas primeiras faixas de Feels, álbum de 2005 do Animal Collective, estão provalmente entre as cinco melhores canções do ano, mas o tom experimental do restante do álbum me decepcionou, infelizmente.

***


Fico devendo nessa lista British Sea Power, Broadcast, Broken Social Scene, Chin Up Chin Up, The Clientele, CocoRosie, Death Cab For Cutie, The Decemberists, The Dead 60s, Deerhoff, dEUS, Explosions in the Sky, Giant Drag, LCD Soundsystem, Metric, Super Furry Animals e Thunderbirds are Now. Tem coisa muito boa e muito ruim, mas vou atualizar aos poucos e aviso quando terminar.

Quem quiser discutir meus motivos, questionar minha classificação ou simplesmente me insultar e dizer que eu nao entendo nada de música, pode vir me procurar.

Em 2006, ouvidos abertos para Arctic Monkeys, Belle and Sebastian, The Shins, Jenny Lewis, Cat Power, Radiohead, Fire Spits in Bloom, The Killers, Flaming Lips e mais. The Strokes, não. A maioria já foi gravada e já vazou, mas disso vocês sabem.
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about myself*
Quem: Bruno Boghossian
De quando: 30/03/1986
Onde: Rio de Janeiro
Quê: Comunicação Social (ECO/UFRJ - 2004/1)
Something to talk about: Viagens, livros, TV, cinema e música

Contato
MSN Messenger: boghob@hotmail.com Eu estou no Orkut
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TV
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Arrested Development
Curb Your Enthusiasm
Dead Like Me
Friends
Gilmore Girls
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Monk
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Out of Order
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Sex and the City
The Shield
Six Feet Under
The Sopranos
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Filmes
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Cães de Aluguel
Encontros e Desencontros
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
Laranja Mecânica
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Embriagado de Amor
Um Estranho no Ninho
Beleza Americana
Melhor é Impossível
The Truman Show
Terra de Sonhos
Amadeus
Réquiem para um Sonho
JFK
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Acossado
Cidadão Kane
O Homem Elefante
Dogville
Menina de Ouro
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O Agente da Estação
Cidade dos Sonhos
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Annie Hall
Rede de Intrigas
Um Dia de Cão

Diretores e Roteiristas
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The Stills
Tegan and Sara
The Thrills
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Weezer
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The Who

Livros
O Melhor Livro Sobre o Nada (Jerry Seinfeld)
O Alienista (Machado de Assis)
Dom Casmurro (Machado de Assis)
Um Grande Garoto (Nick Hornby)
A Revolução dos Bichos (George Orwell)
Como Ser Legal (Nick Hornby)
Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
O Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger)
Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago)
O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams)
O Restaurante no Fim do Universo (Douglas Adams)
On The Road (Jack Kerouac)
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